“Quando os arranha-céus das grandes” capitais de tinta houverem dado a última demão E o derradeiro metro de fazenda houver mercadejado o vendilhão, Quando os bancos houverem recebido O último centavo e pago os numerários E proclamar o Juiz de todo o mundo: Fechai, é noite, e requerer o prontuário, Que será então? “Quando o Coral tiver entoado o último hino E dito o pregador o derradeiro amém”! Quando a última tecla do órgão se ferir, Quando a Bíblia jazer fechada sobre o altar, E da igreja os bancos estiverem desertados, E a alma deparar dos atos o registro Ao ser aberto o Grande Livro dos culpados, Que será então?
Quando o drama final tiver sido
encenado, E a última graçola houver dito o palhaço, Quando exibido for o filme
derradeiro, E na pista os corcéis morrerem de cansaço; Quando os que buscam os
prazeres e deleites Sucumbirem na densa treva do pecado, E aos homens se pedir
justa razão De o Salvador Jesus haverem rejeitado, Que será então? Quando o som
do clarim der lugar ao Silêncio, E as colunas em marcha estacarem os passos,
Quando, afinal, reunidos os milhões da terra, Dos oceanos e vales, montanhas e
espaços, Quando vier o dia que amanhã não tem, E o derradeiro fim já for
chegado, Quando dos Altos Céus se ouvir, enfim, A voz de Deus a proclamar:
“Está consumado.”
Que será então?
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